quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Novo, de novo.

Depois de algum tempo sumido, resolví aparecer no mundo blog/flog/orkut.
Desde a última vez que postei aqui muita coisa mudou. Muito ganhei, algo perdí e muito aprendí.

Agora estou me preparando pra começar um ano novo. Sim, pois esse ano já posso considerar fechado. O período de feriados de dezembro pra mim é considerado algo a parte, tipo um espaço entre um ano e outro que vai até o carnaval. E daqui até esse período é um pulinho.

Casa nova, emprego novo, hábitos novos e pessoas novas. Eu conseguí, depois de um período bastante bagunçado da minha vida, recomeçar com tudo renovado.
Sinto que reencontrei aquele eu que andei procurando, sinto que era necessário passar o que passei pra poder encontrar esse eu.

Esse eu é um cara alegre, disposto, e mais sociável. Esse eu esteve perdido no espaço-tempo desde o dia em que me formei na escola e deixei de ver aqueles amigos de sempre todos os dias.
Esse eu é o cara que constrói pedais de guitarra, amplificadores caseiros, que vai de bicicleta pra praia, que nunca diz não saber algo mas diz que aínda vai aprender.

Sinceramente, eu prefiro esse eu mesmo!


Abraço a todos

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Paz!

Sim, paz!
É isso que eu quero agora.

Depois de algum tempo a gente cansa de ficar indo de um extremo a outro.
Isso desgasta, acaba fazendo sentir como se não houvesse força pra nada.

De agora em diante, agir racionalmente e viver pra mim serão as palavras de ordem.
De agora em diante não vou mais derramar meu sangue a toa, não vou me entregar sem ter certeza de que não afundarei sozinho.


Palavras nunca provam NADA, vou me apegar bem mais a julgar atitudes, essas sim, dizem algo que vale a pena ser levado em consideração.

Acho que é isso que tenho a aprender com o que aconteceu nos últimos tempos. (Olha eu procurando o motivo de cada acontecimento, de novo.)

Um baita abraço pra quem ler!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Renascimento

Às vezes às coisas acontecm de uma forma inexplicavelmente assustadora e dolorida.
E é nessas horas que sentimos de verdade o que é ser humano, o que é sentir dor. Nesses momentos nosso caráter e força são postos á prova, e é nos piores momentos que mostramos quem realmente somos.

Tenho passado por muita coisa desse tipo ultimamente, minha mente e meu coraçao estão uma bagunça imensa, tipo uma cidade arrasada por um grande tornado.

Muito se perdeu, muito aínda vai se perder. O importante é manter-se firme e forte.

Tenho o apoio de muita gente que quer meu bem, mas mesmo assim não estava sendo forte o suficiente, estive fugindo da dor, até ontem.

Ontem dormí na casa da minha mãe e contei a ela TUDO que tem me acontecido.
Ela me mostrou os caminhos que tenho a seguir, me mostrou que com sabedoria pode-se superar qualquer coisa.
Ela me mostrou que mesmo aquelas pessoas que parecem não se importar, importam-se muito mais do que eu penso.

Agradeço muito pela mãe que tenho, muito mesmo!
Mãe te amo demais!


Depois de conversar tanto com minha mãe eu decidí recomeçar boa parte da minha vida, levando apenas o que aprendí na mochila.
Estou revendo muitos conceitos e encarando a dor como aprendizado.

Espero continuar tendo essa força que sinto agora e não fugir de nada.

Abraço a todos e bom dia.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Carlos Destro, Kotoko, Toko, Cebo, tanto faz. É tudo um só, mas em estados de espírito diferentes

Já não sei se restou algo no ar...
Já não sei se há algo mais a perder...

Tenho que mudar um pouco o modo como eu penso. Preciso parar de ficar tirando conclusões e encontrando motivos pra tudo o tempo todo, isso às vezes ajuda, mas na maioria do tempo só enche minha cabeça.

Acho que seria tudo bem mais fácil se eu simplesmente deixasse as coisas acontecerem, sem me preocupar tanto aonde isso vai me levar, pensar um pouco mais no que velho Marley diz ao cantar: "Don't worry about the things, couse every little thing gonna be all right".

Aliás, tenho me apoiado bastante no Bob, as músicas dele me trazem um negócio chamado paz. E não é aquela paz enfeitada de quando eu era católico, nem aquela paz instantânea de fumar um.
Não, o som dele me faz sentir verdadeiramente em paz.

Engraçado, comecei a ouvir Bob depois que assistí o filme "Eu sou a lenda".

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Hoje sinto como se minha vida estivesse recomeçando, do ponto em que parei a algum tempo. Acho que encontrei um "Eu" que estive procurando desde o início do ano, quando tudo era festa e nada mais.

Esse "Eu" é um cara que luta com um pouco mais de vontade pelo que quer, um "Eu" bem menos acomodado, mas também mais precavido.


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Tomei uma decisão importante a médio e longo prazo, vou começar a fazer faculdade de sistemas de informação, no início do ano.
Ta muito em cima pra eu começar a estudar pra Engenharia da computação na UFRGS, vou deixar isso pra depois que estiver um pouco mais estruturado.

Preciso fazer isso logo, passei o ano todo sonhando alto demais e fazendo muito pouco.


Um abraço a todos e bom final de semana!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Insônia

Mais uma vez acordei assustado...
Mas o que foi que eu fiz?!
Será que realmente mereço ser crucificado desse modo?
Será que foi o meu erro que nos afastou ou ele apenas foi o estopim?

Será que com um pouco de força não é possível pelo menos sermos gentís um com o outro?
Será que de repente virei um monstro que não tem amor nenhum no coração?

O problema do tempo é que ele nunca parece estar passando na velocidade correta!
Quando a cabeça repousa sobre o travesseiro, parece que todas as dores, medos e erros pesam pelo menos um bilhão de vezes mais e que tudo que achei ter em mãos, foge do controle.
É como se eu visse tudo acontecendo sem ter o tal do livre arbítrio, como ver um filme triste sem poder desilgar a tv.

Acho que esse é o momento de eu esperar o tal tempo passar, pra que eu possa mais uma vez levantar a cabeça e esperar outra chance de cair.

Um abraço pra quem ler.

Bom dia!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Changes

Minha última semana foi um pouco assustadora, não tanto pelo que aconteceu, mas pela velocidade que aconteceu.
Meu namoro acabou, de um jeito que eu nunca esperava.


Não pretendo falar sobre isso aqui, acho que ja falei demais sobre isso com muita gente. Tem assuntos que precisam ser falados, não escritos, bipados ou qualquer coisa do tipo.

Sexta-feira eu e um grande amigo fomos para Três Coroas, RS. Tinhamos sido convidados por amigos nossos que moram lá para irmos lá na sexta e sábado acamparmos em Sapiranga, depois de ver o show dos Replicantes.
Aproveitei a oportunidade de viajar e botar as idéias no lugar e me mandei.

Chovia pra caralho na sexta, mas mesmo assim não nos intimidamos, fomos a Tresco, encontramos o pessoal e bebemos falando besteira debaixo de chuva a noite toda.

Sábado fomos de manhã para Sapiranga e armamos acampamento atrás do bar onde seria o show.
De noite rolou o show, muuuito bom e tal, domingo voltamos para a "Babilônia".

Muita coisa legal aconteceu nesse final de semana, tive tempo para pensar bem nos meus atos e no que tem acontecido.

Tomei algumas boas decisões!
Uma delas é que voltarei a tocar, pois música sempre faz bem.

Também aprendí que não se deve entregar o coração totalmente a alguém, antes de ter certeza de que esse alguém fará o mesmo.

Mas enfim, a vida tem disso mesmo.
Vou voltar à minha antiga vidinha de andarilho solitário até ter a chance de quebrar a cara denovo, afinal a vida não vale nada se não sofrermos um mínimo necessário para aprender a viver.

Uma coisa legal que tudo isso me ocasionou, foi a reaproximação com alguns amigos, bons amigos dos quais eu me afastei involuntariamente com o tempo.

Agradeço a todos o apoio que tenho recebido, vocês são muito importantes pra mim, muito mesmo.

Um abraço a todos.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Não interessa o título...

Onde estás quando mais preciso?
Onde foi parar o "conta comigo sempre" agora?
Não fui eu quem errou, por que tenho que pagar?

Já sabes que prefiro ouvir o que não quero a não ouvir nada, então por que te cala?


Merda, só quero que o dia acabe.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Relembrando...


O texto abaixo foi escrito bem no início do ano, é um dos textos que mais gostei de ter escrito e achei interessante que viesse parar aqui.
Esse texto mostra bem o porquê do nome desse blog.
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Acabei de rever um filme que há muito tinha visto.
Estou ouvindo aquelas músicas que, de tanto ter escutado, já não faziam sentido.
Não faziam, até então.
Acabo de pensar nas filosofias de bar que sempre usei.
E concluí que nunca soube da verdade.
Acabo de tomar um porre de mim mesmo.
Reescreví velhas frases de um caderno velho que achei, nunca mais abriria.
Já nem sei o porquê.
Importa?
Nem sei se volto...
Pensamentos me carregam pra não sei aonde.
Será que volto?
Será que importa?
Será?
Talvez...
Talvez a dúvida seja mais certa que a certeza.
Talvez a verdade seja tão duvidosa quanto a morte do rei.
Provável.
Possível!
Quem sabe um dia eu acorde.
Quem sabe um dia recupero a certeza de duvidar.
Quem sabe a ressaca não me mate.
Aí eu reescrevo as músicas.
Aí eu leio os livros.
Aí então talvez eu beba o suficiente.
O suficiente pra acabar, pra me acabar.
Talvez deixe vestígios.
Talvez seja visto por quem importa!
Como os óculos do John ou o colírio do Raul.
Ou simplesmente esquecido, como as velhas frases no caderno.
É possível, que queime tudo de uma vez.
Prefiro isso a me apagar aos poucos!
Loucura?!
Mas isso é tão normal.
Agora não importa.
Não faz diferença.
Quando chover, talvez.
Um gole...
Uma frase...
Uma música.
Daquelas que vêm do coração.
Escrita com sangue alcoolizado.
Pra não ser esquecida.
Pra ser lembrada e cantada por quem nem sabe o que significa.
Enquanto isso me embebedo de meu ego.
Fazer o quê se é só o que todos fazem.
Todos fazem o mesmo: Assistem os filmes, ouvem as músicas, lêem as frases e esquecem o significado.
E tudo volta ao normal, fica banal.
O ciclo nunca acaba.
E é por isso que estou ouvindo as músicas, vendo os filmes e escrevendo no caderno.
Boa noite!



(Texto escrito dia 08/01/2008, 01:45 da madruga)
(O calor me impedia de dormir)
(Pensamentos também)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Melhoras!

É, parece que as coisas estão melhorando pra mim. Fiz as contas e finalmente vou pagar tudo que devo, fico pelado esse mês, mas pelado sem dívida nenhuma! ;)

Tive um final de semana bem merdoso, com direito a problemas estomacais, tédio, tristeza e medo. Um daqueles finais de semana em que era preferível estar sedado.

Às vezes quando se tem um problema e pouca coisa pra fazer, a gente acaba aumentando o tal problema e anexando outros de um modo em que tudo se torna uma baita bola de merda que acaba sujando muita gente que não tem nada a ver com a situação. Comigo isso acontece seguido...

É um ciclo que funciona assim: Uma hora ta tudo legal, minutos depois ta tudo na merda denovo.


O que importa é que a semana começou bem!
Fui a um ótimo show ontem á noite, mateu um pouco a saudade da minha amada, estou me alimentando direito denovo e fiz cálculos que apontam pouca grana pra passar o mês, mas nenhuma dívida pro mês que vem.

Toda vez que algo de ruim acontece eu fico procurando um motivo, um ensinamento ou algo do tipo, pois sempre há o que aprender nas adversidades. O problema é que eu me desespero e só enxergo o tal ensinamento quando o problema se dissolve e eu já me acalmei.

Tenho muito o que aprender, mas nesse final de semana aprendí muitas coisas importantes: Aprendí a gastar menos do que recebo, aprendí que devo ter mais cuidado ao me alimentar e principalmente, aprendí que quando amamos algém, as palavras e atitudes podem doer muito mais do que o esperado.
Fica a sugestão: Faça mais afirmações boas do tipo: "Eu te amo!" e menos perguntas chatas.

Um abraço pra todo mundo que ler!

domingo, 24 de agosto de 2008

Um pouco de ódio à essa droga chamada internet

E então um dia eu acordo e vou pro trbalho. Passo o dia em frente ao computador, apenas eu, o pc e com sorte meu chefe. À noite consigo ver o Back, Márcio e o Anão, mas nem sempre. E isso é a semana toda...
To começando a odiar o dia em que resolví trabalhar com informática, mas esse é o futuro das crianças hiperativas né...
Começo a achar que deveria voltar a ser o nerd que era antigamente e não me importar tanto com esse lance de me relacionar com pessoas, afinal nunca magoei um computador, nem mesmo um maldito tamagochi.
E tem gente que paga por jogos idiotas como "The Sims", um jogo que simula uma bosta de vida irreal, um "big brother" controlável. Jogo desgraçado, sem virada, sem fase secreta e sem objetivo.


To cansado de ser um "bichinho virtual" a semana toda.


Esse foi mais um amontoado de dúvidas e reticências que eu vomitei enquanto o sangue fervia e o cérebro entrava em curto.

Bom resto de noite.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Mudanças, acertos e algumas certezas

Faz pouco mais de um ano que decidí saír de casa, ter minha independência, coisa e tal...
Ganhava bem pouco na época, mas com um pouco de esforço e aluguel de uma casa dividida com um amigo seria possível me manter até ganhar melhor.
Não saí à toa, tinha bons motivos para querer pagar minhas próprias contas, mesmo que sobrasse pouco ou quase nada para diversão.

Com o tempo conseguí um estágio em que ganhava melhor (consequentemente disperdiçava mais grana:p), mais gente apareceu para dividir a casa, mais amigos eu fiz, mais lugares eu conhecí...

Todo esse tempo foi ótimo, pude aprender valores que não conhecia, perder preconceitos que tinha, aprender a dividir melhor e conviver melhor em família, pois a galera da casa tornou-se minha família.

Há alguns meses eu andava meio mal financeiramente, troquei de estágio, demorei a ajustar minhas contas e quando achei que iria acertar tudo, acabei me individando por causa do telefone...
Tudo bem, esse mês eu acerto isso e mês que vem já estou legal denovo.

Mas isso me fez pensar que nos últimos tempos tenho gastado mais do que ganho e ficado nessa de viver um mês e sobreviver o outro.
Pra completar andei me estressando por causa do trabalho, mas isso também já foi resolvido.

Depois disso tudo comecei a pensar em ser independente denovo, alugar uma casa pra mim mesmo, deixar as coisas organizadas do meu jeito, poder fazer o que EU quiser na hora que der na telha. Não que eu não curta a divisão lá da casa, mas tenho sentido falta de um pouco de privacidade e organização.
Um dos meus irmãos lá de casa fuma, não que eu seja contra, mas afeta bastante minha respiração pois sou um desses malucos cheios de "ites".

Desde piá ouví o provérbio: "Os incomodados que se mudem". Pois bem, chegou minha hora.

Aí vem a questão principal disso tudo: Como vou alugar uma casa se pelo menos nos próximos 2 meses só terei grana pra comer?!

Minha namorada e uma amiga minha de longa data me deram a resposta, resposta essa que de início não me agradou muito, mas que é a melhor solução.
Contrariando minhas próprias expectativas, vencendo meu orgulho e esfaqueando meu ego, vou apelar pro meu corôa.
Pretendo passar 2 meses na casa dele, não mais que isso. Dois meses é tempo suficiente para que eu possa acertar tudo que devo e arranjar uma casinha pra mim.

Não foi uma decisão fácil, pois isso fere bastante o meu ego. Lembrando de algumas pessoas que torciam para que eu não me desse bem ao saír de casa, chego a sentir medo dessa estadia na casa do corôa. Nem sei se ele vai aceitar isso, pretendo conversar com ele amanhã. Se não aceitar, sobrevivo mais algum tempo lá em casa mesmo.

Agradeço muito à Tay, por aturar minhas choradeiras e ler meus pensamentos quando necessário ;)
Também, agradeço à Lê que reapareceu na hora certa e conseguíu fazer uma boa idéia entrar nesse minha cabeça dura.




Quando tudo se estabilizar quero formar uma banda denovo, preciso de música, preciso voltar a fazer música. Se algum baterista estiver disponível, por favor apareça.




O Preço da Pureza - Jaime Jr.

O desiludido corvo bate suas asas
E voa baixo sem saber onde pousar
Passm-se dias e cansado continua
Ele não chega a nenhum lugar

Sonhava com uma vida diferente
Queria ver poeira em pleno mar
Pureza e bondade em sua mente
Eram fantasmas e lhe amedrontar

O insatisfeito corvo vaga pela noite e a luz do sol parece
o atormentar
Revela toda a verdade e oculta mais a ilusão
é o que o faz voar

Caíu então o falecido corvo
E era dele agora a carne a apodrecer
Nunca se alimentara da desgraça
Mas desgraçado teve de viver

Antes vivesse em meio à carniça
Pois viveria junto a seus iguais
Mas preferíu o escudo à espada
E dessa estrada não saíu jamais

O insatisfeito corvo vaga pela noite e a luz do sol parece
o atormentar
Revela toda a verdade e oculta mais a ilusão
é o que o faz voar...



segunda-feira, 28 de julho de 2008

Início...

Hoje começo mais um blog.

Sem o compromisso de agradar ninguém.

Sem o compromisso de ser engraçado

Sem o compromisso de ter fotos.

Sem o compromisso de ter algum conteúdo relevante a todos.

E principalmente, sem o compromisso de não magoar ninguém.


Aqui escreverei apenas pensamentos, muitas vezes sem sentido nenhum, outras com mais sentido do que possa parecer.

Não quero parecer legal, não quero me preocupar em escrever bem, quero apenas vomitar pensamentos.


Na maioria das vezes os textos aqui publicados terão uma boa dose de raiva e/ou ódio, mas isso também não é um compromisso.

Quero tentar expor aqui a minha fera.

Divirtam-se (ou não).







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Inútil...

...É assim que me sinto hoje, uma maldita segunda-feira cinzenta igual a tantas outras, diferenciada apenas pelo meu mau-humor.

Não é o fato de ser segunda, nem o tempo “nojento”, aliás, esse tempo nunca me desagradou, pois não gosto muito de luz e calor mesmo.

Motivos para o mau-humor:

Não estou respirando legal por conta de alguns erros que cometi (e que hoje em dia são apenas passado) e por conta da fumaceira lá de casa, afinal convivo com fumantes em casa desde o final do ano passado.

Não tenho grana nem para pegar um ônibus para a casa da minha mãe, e isso só vai se resolver sexta-feira.

Meu trabalho não ta rendendo NADA, isso sim me faz sentir um inútil.

Desde sempre trabalhei com assistência técnica em informática, já resolvi problemas de computadores e redes que alguns técnicos experientes nunca resolveriam. Modéstia à parte, sempre fui muito bom em resolver problemas em computadores, afinal sempre estudei muito o assunto, meu conhecimento de hardware é enorme se comparado com 98% dos técnicos que arrumam PCs por aí, mas arrumar PCs não da dinheiro...

Agora não arrumo mais PCs, sou aprendiz de programador, estagiário. O que acontece é que não consigo resolver certos problemas de código que me foram passados, e não to nem aí para o maldito “positivismo” das pessoas que dizem: “Se tu pensar assim não resolve mesmo...”, fodam-se, conheço minhas limitações e não consigo resolver problemas sem ter conhecimento suficiente para isso.

Mas o fato de eu estar parado na frente do desgraçado do computador e não conseguir fazer meu trabalho acaba com meu ego.

Também tem o fato de eu estar relativamente longe da minha namorada e sentindo certa dose de ciúme, isso também ta me corroendo, mas passa logo.

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Como sempre meu maior problema é aquele de sempre, que na se resolve, apenas dá um tempo, aquele que é causado pelo único ser capaz de me derrubar, o único que eu realmente temo e o único que eu nunca conseguirei vencer: Eu.

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Espero que esse dia desgraçado acabe de uma vez, ou que pelo menos meu chefe chegue aqui para me ajudar com o maldito código, isso já aliviaria pelo menos metade do peso que está em minhas costas.

É em dias assim que eu sinto vontade de deixar transparecer a “fera interior” que eu tenho, assim como todo mundo.

A fera é aquela vontade de gritar, de correr, vontade de quebrar algo ou bater em alguém que incomode. A fera é aquela satisfação que sinto quando mando tudo e todos à merda e saio mais leve de certas situações. A fera é aquilo que faz eu e certos amigos imitarmos o Clube da Luta. A fera é toda a raiva que tenho guardada de mágoas passadas. A fera é o desejo de ver sangue, mesmo que seja o meu escorrendo ou espalhado em algum lugar. A fera é o tesão de sentir adrenalina aumentando a pulsação e fazendo a dor parecer piada. A fera pode ser vista como loucura por alguns, mas para mim é apenas instinto.

A fera é tudo aquilo que tenho medo de mostrar às pessoas que gosto, e que às vezes aparece em pequenas doses, mas com pouco ou nenhum controle e geralmente deixa marcas, físicas e espirituais.