quarta-feira, 31 de julho de 2013

Doido, eu?

Não sei se estou triste ou doido
mas sei que dói
Também não sei se ela existe mesmo
Sei que não está aqui agora
E se eu acordar amanhã e descobrir que é tudo mentira?
Que eu viajo há meses, talvez anos só na minha cabeça?!
Vai saber, o que é de verdade...
Se existe só na minha mente, existe mesmo?
Talvez sim, apenas para mim.
E quando a tristeza bater o que eu faço?
Chorar não adianta, reclamar, os amigos nem se interessam.
Não dá pra deitar no colo dela, se é só imaginação.
Mas eu tenho quase certeza de que ela existe e gosta de mim
Só que esse pouquinho de dúvida me desespera!
Ainda mais que ela ta longe, e parece nunca chegar.
Parece que sempre tem um jeito conveniente de desaparecer
e fazer eu achar que sou louco, ou triste.
Nãoi sei, não sei!
Tenho a dúvida, minha fiel companheira.
Nela vou me abraçar!
Tenho o texto, meu velho amigo.
E pra ele vou desabafar. Boa noite!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Conclusões...


E assim foram os últimos episódios:

Os artistas entregaram-se à arte aproveitando toda dor possível,
libertaram-se e libertaram de preconceitos.
Os amantes sofreram e amaram tanto quanto conseguiram
e acabaram por descobrir que também são poetas, músicos, maconheiros e cachaceiros.
Os estressados abandonaram o patrão e abraçaram a comunidade
pois no fundo também eram amantes e artistas amordaçados e incompreendidos.
Aqueles que apenas observavam passaram a influenciar.
Os influenciados também notaram que eram artistas, amantes e possíveis influências...
E aí a bicicleta pegou embalo na ladeira que se apresentou no caminho,
freando apenas o necessário para não atropelar aqueles que [ainda] apenas passavam.
Embalou, embalou, embalou tanto que já não pode ser parada! Há muita força nos pedais!
Não, agora ninguém pára a bicicleta, os artistas, os amantes ou os malucos.

Continua... - Disse uma voz narrando o final da temporada, como quem diz que um dia a série termina.
NÃO TERMINA NUNCA! - Esbravejou aquele que era apenas espectador da coisa toda e que enquanto assistia e tirava as maiores conclusões de sua vida, ouviu um amigo dizer bem de canto:
"Conclusões devem ser anotadas a lápis."

Alucinação


De ontem em diante a vida será outra coisa,
sem medo do futuro nem tristeza pelo passado.
De ontem em diante dou exemplo ao seguir meus conselhos como fez quem os recebeu.

Me isolo em momentos de tristeza e dor
e normalmente penso, penso, penso... chego a conclusões, salvo isso no arquivo e deixo passar.
Não falo, não ajo e ajorjo.
E aí o tempo passa, a situação não muda e nada se ganha.
Não quero mais fazer isso.

Tristeza que não vira arte nem aprendizado é um desperdício absurdo de tempo, energia e juventude.
O negócio é viver agora e aprender rápido feito uma criança.
Adaptar-se o melhor possível, aceitar que não ta fácil e aproveitar a dificuldade pra criar algo.

"Amar e mudar as coisas me interessa mais" - Belchior

terça-feira, 12 de março de 2013

Mantra das possibilidades

Queria ter a habilidade do poeta que faz do sentimento, palavra.
Queria também o dom do musico que na palavra põe melodia.
Gostaria muito de saber como perdoar de dentro para fora,
ou pelo menos conseguir esquecer mais do que as chaves de casa.
Ah sim, casa! Se me sentisse em casa em algum lugar seria bom também...
Ahhh, tanta coisa que não é coisa e eu queria. Bem como tanto lugar que não tem coordenadas mas eu iria.
Queria mesmo é me conectar de verdade a alguém pelo menos uma vez. Ou ao menos descobrir em que ponto me tornei tão irracionalmente só e dependente, para então voltar e fazer direito.
Talvez nunca consiga nada disso e viva eternamente no mantra das possibilidades.
Quem sabe, quem sabe...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Escritório


A gente corta o cabelo e faz a barba
Veste uma camisa e calça sapatos
Entra no escritório, lê e-mail e ouve recado
Assina papel, conserta computador e toma café.
Isso, no início do dia. Depois acabou o trabalho
Sobram café, fofoca e tédio.
A gente que é gente diferente dessa gente, é que sente
E se entristece...
De tanto tédio fingindo concentração
de tanta vida deixada pra depois
de ignorância à própria alma que pede atenção
E aí o tempo passa.
Devagar hoje, devagar amanhã
Mas rápido demais na soma de cabelos brancos.
Aí não tem volta!
Aí tua vontade se esqueceu
Aí o teu filho que ja cresceu
ouviu histórias de adolescência mas nunca te conheceu.
E o tempo que tu vendeu pra pagar as contas
Só a teu chefe que enriqueceu

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Cafeína


Cafeína
Uma das piores drogas que uso
Também, uma das melhores.
Transforma a bobeira do pós almoço em energia
e o riso quieto em piada bem alta.
Faz do sonho uma baita história
e do pesadelo, o mau humor do dia.
Cria ansiedade onde só tinha saudade
e paranóia onde havia apenas "brisa".
Ela me leva a dizer muitas coisas
Que talvez nem cogitasse falar
mas também me cala onde tudo que eu queria era falar...
Às vezes evito ela
Outras vezes evito eu.
Queria mesmo é cheirar a moça
que de saudade hoje me roeu.