quarta-feira, 3 de abril de 2013

Conclusões...


E assim foram os últimos episódios:

Os artistas entregaram-se à arte aproveitando toda dor possível,
libertaram-se e libertaram de preconceitos.
Os amantes sofreram e amaram tanto quanto conseguiram
e acabaram por descobrir que também são poetas, músicos, maconheiros e cachaceiros.
Os estressados abandonaram o patrão e abraçaram a comunidade
pois no fundo também eram amantes e artistas amordaçados e incompreendidos.
Aqueles que apenas observavam passaram a influenciar.
Os influenciados também notaram que eram artistas, amantes e possíveis influências...
E aí a bicicleta pegou embalo na ladeira que se apresentou no caminho,
freando apenas o necessário para não atropelar aqueles que [ainda] apenas passavam.
Embalou, embalou, embalou tanto que já não pode ser parada! Há muita força nos pedais!
Não, agora ninguém pára a bicicleta, os artistas, os amantes ou os malucos.

Continua... - Disse uma voz narrando o final da temporada, como quem diz que um dia a série termina.
NÃO TERMINA NUNCA! - Esbravejou aquele que era apenas espectador da coisa toda e que enquanto assistia e tirava as maiores conclusões de sua vida, ouviu um amigo dizer bem de canto:
"Conclusões devem ser anotadas a lápis."

Alucinação


De ontem em diante a vida será outra coisa,
sem medo do futuro nem tristeza pelo passado.
De ontem em diante dou exemplo ao seguir meus conselhos como fez quem os recebeu.

Me isolo em momentos de tristeza e dor
e normalmente penso, penso, penso... chego a conclusões, salvo isso no arquivo e deixo passar.
Não falo, não ajo e ajorjo.
E aí o tempo passa, a situação não muda e nada se ganha.
Não quero mais fazer isso.

Tristeza que não vira arte nem aprendizado é um desperdício absurdo de tempo, energia e juventude.
O negócio é viver agora e aprender rápido feito uma criança.
Adaptar-se o melhor possível, aceitar que não ta fácil e aproveitar a dificuldade pra criar algo.

"Amar e mudar as coisas me interessa mais" - Belchior